terça-feira, 24 de abril de 2012

Pág. 9 - Humberto Belgues denuncia “má fé” na Condução do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração de Rio Bonito

Humberto Belgues
Os vereadores de Rio Bonito continuam inconformados com a suposta atitude de pessoas ligadas a Prefeitura local, que teriam anunciado ao funcionalismo municipal o envio do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) à Câmara de Vereadores no último dia três de março. Um dos mais inconformados com essa questão é o vereador Humberto Belgues (PSDB), que junto com outros parlamentares tem abordado o assunto nas últimas reuniões da Casa.
– Chegou o momento das diferenças entre os edis serem deixadas de lado para que Legislativo não seja culpado por algo que não aconteceu. “Mais uma vez o prefeito vai lançar o slogan “Deixa o Homem Trabalhar” e poderá se dar bem. O município gasta, anualmente, R$ 16 milhões com Folha de Pagamento. Na verdade, esse é o motivo de não terem enviado o PCCR a esta Casa. Agora que criaram essa história de Processo Seletivo, o volume de contratados é muito grande e não há o que fazer contra isso – denunciou.

Segundo o vereador, o que poder Executivo enviou ao Legislativo, no último dia três de março, por volta das 15h, foi o Estatuto do Servidor Municipal de Rio Bonito e não o PCCR. “Quando o presidente Marcus Botelho (PR) me telefonou informando que o Estatuto havia sido enviado a Câmara e que existia um pedido de urgência para a sua aprovação, eu logo entendi a armadilha que estava sendo preparada para os vereadores”, comentou Humberto.

O parlamentar também denuncia mudanças na mensagem apresentada pela comissão que elaborou o Estatuto e o PCCR. “A mensagem enviada a esta Casa não é aquela que nós conhecíamos. Nós recebemos um documento bem diferente do que foi elaborado pela comissão dos funcionários. Aliás, eles estiveram amparados pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM)”, ponderou o vereador, que aponta manobras políticas na condução da questão.
– Alguns amigos já estão nos alertando há tempos que a estratégia política do governo Mandiocão em 2012 seria igual a que foi usada em 2008, quando a Câmara Municipal foi execrada no palanque do prefeito. Os acertos eram atribuídos a gestão municipal e as perdas de prazo e dinheiro, coisa que aconteceu, e vem acontecendo, por pura incompetência do chefe do Executivo, eram atribuídas aos vereadores – disparou o vereador.

Sonho antigo

O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração é um sonho antigo do servidor, foi preparado durante um ano por uma comissão formada por funcionários de carreira, representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE), do Sindicato dos Servidores Municipais de Rio Bonito (Sinsmurb) e técnicos do IBAM. “O que adiantou formar a comissão, contratar o IBAM, que recebeu um valor consderável para prestar esse serviço, para no final de tudo o prefeito pegar o que foi elaborado e alterar a seu bel prazer?”, questiona o parlamentar.

O vereador concorda com a ideia do colega Saulo Borges (PTB), que tem afirmado ser necessário convocar o prefeito para que ele explique essa questão a Mesa Diretora da Casa, ao servidor municipal e a população riobonitense em geral. “Sinceramente eu acho que ele não vem, porque ninguém respeita mais a Câmara de Vereadores. Por outro lado, nós precisamos ser mais incisivos ao fiscalizarmos as ações do Executivo”, frisou.

Repetição da história

Em 2008, o prefeito José Luiz foi reeleito surfando no amadorismo dos adversários e amparado pelo bordão “Deixa o Homem Trabalhar”, referência a um suposto e proposital atrapalho que seria arquitetado pelos parlamentares da oposição. O vereador Humberto Belgues acredita que o ocorrido na última eleição municipal não está servindo de lição para os seus pares que não entenderam a estratégia política que envolve a questão.
– Somos classificados como incompetentes, fracos, desinteressados, mas não são todos que tem essa postura. Acredito que a população conheça quem realmente está justificando os votos que recebeu e quem não está. O problema é que nós temos vereadores que não podem se manifestar contra o governo, por uma série de fatores que em respeito aos colegas, não vem ao acaso abordar nesse momento – concluiu Humberto.

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