quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pág. 1 - Igualdade entre os vereadores pode não ser aprovada

Flávio Azevedo

O pedido de vista pode ter sepultado o Projeto de Resolução que iguala os benefícios destinados aos parlamentares.
Já está causando polêmica o Projeto de Resolução (PR) que regulamenta a igualdade entre os vereadores. Apresentado no início do mês pela vereadora Rita de Cássia (PP), o projeto foi posto em votação na última terça-feira (27), mas o vereador Carlos Cordeiro Neto, o Caneco (PR) pediu vista. Apesar do tempo que a mensagem já tramita na casa, o parlamentar argumentou que precisar estudar um pouco mais o Projeto. Acompanhado com expectativa pelos vereadores eleitos no último dia 7 de outubro, e também pela população, tudo indica que o projeto não será aprovado.

A vereadora Rita de Cássia disse que o pedido de vista é um ato legítimo, mas não conseguia esconder a sua contrariedade com o que foi classificado por quem assistia a reunião como uma manobra para retardar a votação da matéria. De acordo com o vereador Marcos Botelho (PR), que se diz favorável ao Projeto, antes do Legislativo entrar em recesso o Projeto de Resolução será votado.

Um dos mais inconformados com a possível não aprovação é o vereador Humberto Belgues (PSDB). Ele classifica o pensamento contrário ao projeto como “vergonhoso” e afirma que a opinião pública olharia o Legislativo de maneira diferente se o Projeto de Resolução for implantado. O vereador garante que os contrários estão sendo influenciados por “forças ocultas”.
– Quando eu me lancei presidente da Câmara, ainda em 2010, regulamentar essa igualdade era um dos meus objetivos. Mas fui acusado de estar mal intencionado e não foram poucas as pessoas que usaram os problemas que ocorreram na Casa para denegrir o meu mandato. Essa mensagem, porém, vai tirar a máscara de muita gente. Eles tinham era medo que eu chegasse a Presidência da Casa e resolvesse uma série de coisas que, se trazidas à tona podem, ainda hoje, fazer um estrago – alfinetou.

Para Humberto, “a Câmara Municipal de Rio Bonito precisa ser transformada em um Poder Legislativo de verdade, mas manter a coisa do jeito que está é melhor para muita gente”. Segundo ele, não existe interesse em modernizar, dar transparência e não são poucos os que se beneficiam com isso. “Alguns colegas ganharam fazendo pose de honestos, outros venceram criticando a atual composição do Legislativo, mas nos bastidores esses santinhos são contrários a esse importante projeto e na calada da noite firmam acordos escusos”, dispara o vereador, sem mencionar nomes e entrar em detalhes. “Quem está no jogo sabe de quem e do que eu estou falando”, concluiu o enigmático Humberto.

Pág. 2 - (Editorial) Expectativas de Rio Bonito e de um novo governo

Flávio Azevedo

Imagem que dispensa legenda por comunicar o óbvio.
Através do Facebook, alguém pergunta: “qual deveria ser a prioridade do novo governo de Rio Bonito?”. Sinceramente, eu acredito que um governo não deve eleger prioridades! Penso que todo o setor deve ser olhado com prioridade. Aliás, é por isso que existem as Secretarias Municipais. Penso, inclusive, que essa é a ideia da prefeita eleita, quando ela confirma a criação das Secretarias de Turismo, Segurança, Cultura, Antidrogas, Gestão, entre outras. Até agora os movimentos feitos por Solange Almeida têm sido muito interessantes e confirmam o “agir diferente” que ela prometeu durante a campanha eleitoral.

Depois dessas considerações, penso ser interessante informar que eu não estou fazendo média. Aliás, eu não preciso disso! Eu não fui partidário de Solange, mas jamais torço contra alguém, sobretudo quando esse “torcer contra” significa torcer contra Rio Bonito. Penso que precisamos dar tempo (cerca de seis meses) para ela e sua equipe. Para a oposição sistemática – que já declara antes de o governo começar que vai fazer e acontecer para atrapalhar – eu deixo uma frase bem conhecida: “deixem a mulher trabalhar”!

Já há algum tempo eu escrevo e falo que a nossa atenção cidadã deve estar centrada nas Secretarias de Planejamento, Fazenda e na Controladoria. Faço essa consideração por perceber que esse tripé concentra os ralos da administração pública, a inteligência, as licitações, os mecanismos de arrecadação e as boas possibilidades de se cometer ilícitos. Caso esses setores não sejam bem gerenciados, não teremos dinheiro para a Saúde, Cultura, Educação, Esporte, Segurança, Agricultura etc.

Essa visão estrábica de olhar apenas para as pastas que prestam serviços imediatos e assistenciais é um hábito prosaico do senso comum. A crítica direcionada unicamente aos políticos também é sintomática do senso comum. A verdade é que diante dos problemas sociais, o cidadão precisa ser responsabilizado. Todavia, as reflexões nessa direção são criticadas, mas sempre por quem se recusa a enxergar as aberrações do nosso dia-a-dia.

Estamos falando de gente que, erroneamente, insiste na tese de que somos um povo ordeiro e pacato. Gente que ao falar sobre Rio Bonito nos deixa com a impressão de que a nossa cidade é um convento de irmãs carmelitas ou um mosteiro de padres franciscanos. Diante desse cenário, a oposição baseada no “não gosto dela” e o apoio firmado no “não gosto de quem está saindo” ou “vou ficar quieto para manter o meu cargo” são opiniões comprometidas.

A sociedade brasileira, com destaque para as cidades de menor porte, sofre uma patologia severa que podemos classificar como “Síndrome da Indolência” (ler textos sobre “Razão Indolente” do sociólogo Carlos Nelson Coutinho). A verdade é que a famosa inclusão, termo muito defendido na atualidade, é um estratagema das classes dominantes que estão sentadas no neoliberalismo. O objetivo desse pensamento é acabar com a oposição e seduzir os pensamentos antagônicos.

Embora seja apreciável, a razão indolente é perversa e cínica, porque se baseia na lógica neoliberal. Em nome de uma suposta civilidade (o sórdido politicamente correto) manifestações, mobilizações e lutas por direitos são freadas. O “vamos dialogar” é um engodo, uma estratégia de aproximação. O diálogo tem por objetivo seduzir e cooptar os defensores da igualdade social, temas desconhecidos do neoliberalismo, que se baseia no tripé da desigualdade, alienação e exploração dos desfavorecidos.

Pág. 3 - Caminhão tomba na BR – 101 e expõe antigo problema dos moradores de Cidade Nova/RB

Texto: Flávio Azevedo
Fotos: Galileu

O guindaste removendo a carga que tombou as margens da BR - 101.
Quem transitou no km 260 da BR – 101, em Rio Bonito (Cidade Nova), na última quinta-feira (08/11), precisou lançar mão de virtude pouco exercida nos dias atuais: a paciência. O motivo do tal exercício foi a remoção da carga do caminhão (bi-trem) que tombou por volta da meia noite do dia 06 de novembro naquele local. Carregado com 50 toneladas de granito, o caminhão era dirigido por Leandro Rebelo, de 33 anos, morador de São Gonçalo. Ele vinha de Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, e tinha por destino o porto do Rio de Janeiro. O acidente teria sido provocado, segundo o motorista, por uma carreta que trafegava em sentido contrário e teria fechado o bi-trem.

A carga começou a ser retirada por volta das 10h e o procedimento durou toda tarde de quinta-feira. O trânsito seguiu em sistema de pare e siga e o engarrafamento foi grande. O congestionamento de veículos provocou retenção num raio de 4 km no sentido Silva Jardim e 2 km no sentido Tanguá. A Autopista Fluminense, concessionária que administra a rodovia, informou que a demora em retirar a carga ocorreu porque, de acordo com o contrato da empresa com o governo federal, não é responsabilidade dela a retirada de cargas que estejam fora da rodovia, mas sim da transportadora responsável.

Moradores em alerta

O bi-trem tombou no km 260 e as casas abaixo foram interditadas pela Defesa Civil.
O acidente também trouxe prejuízos e, sobretudo apreensão aos moradores do bairro Cidade Nova, mais precisamente aqueles que moram na Rua Arno Pacheco Marins e Travessas Carla Verônica e Valentina Barbosa. Orientados pela Defesa Civil do município, eles tiveram que deixar as suas casas diante da possibilidade da carga de granito cair sobre algumas residências. Logo depois do acidente, a educadora Denise Ker Lima, moradora da residência que estava logo abaixo da carga, e seria a principal atingida, escreveu um desabafo em uma rede relacionamentos.
Mandei os filhos mais velhos para casa de amigos e só fiquei com Maria em casa, pois se precisar correr durante a noite será mais fácil. Não consegui vaga em um hotel e sei que não dormirei bem essa noite, qualquer barulho me assusta. Os bombeiros mandaram evacuar a casa e a Auto Pista Fluminense tem a cara de pau de falar que não pode fazer nada, que é só a gente usar somente a metade de casa, porque se a carga de muitas toneladas for rolar, só vai pegar essa parte, acreditam? – escreveu Denise.

Nessa imagem, no canto à direita, o que sobrou de uma carga que caiu no local tempos atrás. Acima, na mesma direção, tijolos quebrados que eram transportados por um caminhão que tombou na noite anterior (05/11).
A educadora completa o texto, que teve 79 compartilhamentos, da seguinte maneira: “Eles acham que a culpa é da transportadora e não enxergam que o problema é na pista, pois esse já é o quarto caminhão que cai aqui em pouco tempo. Enquanto isso o pedágio é cobrado tranquilamente... Peço que quem puder compartilhe, porque estou indignada e gostaria que esse recado chegasse até eles”.

Transporte público (ferrovias)

A Estação Ferroviária de Rio Bonito, incendiada em fevereiro de 2011, também pode retrar o abandono do setor ferroviário do Brasil (Foto: Rogério Rodrigues).
No Brasil, o transporte público é um caso de polícia. Seja de passageiros ou de carga, fica muito nítido que para atender a indústria do petróleo e automobilística, a locomoção sobre trilhos não é estimulada pelo governo. De acordo com reportagem do telejornal “Bom Dia Brasil” (TV Globo), dessa segunda-feira (12/11), são 50 anos de abandono nas ferrovias. As viagens de trem no Brasil acabaram e o que era um projeto de integração nacional virou sucata. A excelente reportagem produzida por Rodrigo Alvarez, Wilson Araújo e Marcelo Di Gênova, mostra que as reflexões deste jornalista, quando aborda esse tema, embora sejam agressivas, não estão erradas. “Brasil a fora as estações retratam o que aconteceu com os trens, principalmente aqueles que transportavam passageiros”, diz Alvarez durante a reportagem.

Na reportagem, um mapa ferroviário de 1954 mostra como os trens de passageiros ligavam o litoral e o interior, principalmente no Sudeste e no Nordeste do Brasil, mas também no Norte e no Sul. No auge, nos anos 60, eram mais de 37 mil quilômetros de ferrovias fazendo pelo menos uma parte do que hoje se faz de ônibus, carro ou avião. A partir da década de 50, com o objetivo de estimular a compra do carro, o governo passou a estimular o transporte individual. O resultado disso é o que vemos hoje: congestionamentos, inúmeros acidentes automobilísticos e muita carga que deveria estar sendo transportada por trens (inclusive, passageiros), sendo conduzidas pelas estradas.

Depois de 16 anos estudando a história dos trens no Brasil, o pesquisador Ralph Guisbrert, membro da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, concluiu que o maior problema foi o sucateamento da linha férrea durante a Segunda Guerra Mundial.  Segundo ele, “as pessoas mais ricas, que eram quem sustentava os trens de passageiros, rapidamente largaram os trens de passageiro e começaram a andar de avião, de carros, que já chegavam cada vez mais baratos. Então começou a cair manutenção dos trens, das vias, das estações”, explica.

Pág. 4 e 5 - Investigações do assassinato de Américo expõem suposta rede de corrupção em Rio Bonito

Flávio Azevedo

O delegado Paulo Henrique da Silva Pinto nos estúdios da Rádio Sambê FM (98,7).
A investigação do assassinato do empresário Américo Branco pode ser a porta de entrada para o esclarecimento de uma série de crimes que, por conta de fatores comuns às cidades de menor porte (parentesco, compadrio ou sócios em ilegalidades), acabam sendo deixados de lado por uma série de situações. Em entrevista ao programa Flávio Azevedo, da Rádio Sambê FM (98.7), da última sexta-feira (09/11), o delegado titular da 119ª DP (Rio Bonito), Paulo Henrique da Silva Pinto, disse que também está apurando os crimes de falsificação ideológica, falsificação de documento público, estelionato e formação de quadrilha.

Acostumado a chefiar delegacias especializadas e investigar crimes de grande repercussão, o delegado afirmou que cerca de 20 a 30 pessoas, entre autoridades, empresários e comerciantes serão ouvidos. “E não tenha dúvidas... Eu vou prender tantos quantos forem identificados e estiverem envolvidos nessa grande roubalheira que acontece há anos em Rio Bonito”. Na entrevista, ele afirmou ter encontrado reconhecimentos de firma fraudulentos, disse que as fraudes foram feitas em cartório e revelou que o proprietário do cartório já foi identificado e também será ouvido.
– Nós começaremos a responder a sociedade riobonitense, porque tem tanto carro caro e tanta gente rica em Rio Bonito... Mas sem ter condições. Gente que fica rica de um dia para o outro. Essas pessoas serão ouvidas e aqueles que não souberem dar explicações serão indiciados. Não adianta alegar inocência, porque quem cai num golpe, logo procura a Polícia. Mas se a pessoa não comunicou, alguma coisa há! Não comunicou porque sabia que praticou um crime ou por que estava se sentindo ameaçado? – questiona.

Primeiro passo

Na reunião do Conselho Comunitário de Segurança do mês de outubro o delegado prometeu que o mandante do assassinato do empresário Américo seria preso nos próximos dias. 
A investigação, deflagrada para identificar os atiradores e o mandante do assassinato do empresário Carlos Américo de Azevedo Branco, crime que aconteceu no dia 23 de maio de 2011, no interior do shopping Comercial Center, no Centro de Rio Bonito, segundo o delegado, acabou trazendo a tona outras questões. “Estamos falando de estelionato (firmas fantasmas com pessoas reais e endereços fictícios), falsificação ideológica (oferecer dados falsos), falsificação de documento público (reconhecimentos de firma fraudulentos) e formação de quadrilha”.

Depois de prender o comerciante Fabiano Amorim da Mota no dia 01/11/2012 sob acusação de ser o mandante do assassinato de Américo e estar envolvido nos demais crimes investigados, o delegado se concentra na identificação dos atiradores e na rede de corrupção que serve como pano de fundo para o envolvimento de Américo e Fabiano. Os negócios e transações da dupla trazem a tona uma rede de corrupção com contornos hollywoodianos. Sobre o assassinato de Américo, o delegado diz não ter dúvida de que Fabiano é o mandante do crime. 
– O inquérito é sigiloso, nem tudo eu posso falar, mas adianto que a Justiça e o Ministério Público concordam com a nossa linha de investigação e entendeu como cabíveis os motivos que eu aleguei para a decretação da prisão de Fabiano Amorim da Mota. Ele é mandante do homicídio qualificado mediante paga ou recompensa. Nós estamos falando de 12 a 30 anos de cadeia. Se havia indícios quando foi decretada a prisão (de Fabiano), agora, uma semana depois, nós temos certeza e provas cabais de que ele mandou matar, porque mandou e quanto pagou aos pistoleiros – explicou o delegado, acrescentando não ter dúvida de que está preso o mandante do crime e o motivo foi obtenção de lucro (R$ 150 mil que a vítima teria emprestado ao mandante).

Golpes

De acordo com o delegado Paulo Henrique, o comerciante Fabiano Amorim, “conhecido estelionatário da cidade, costumava fazer uso da boa fé de alguns e do olho grande de outros para abrir firmas fantasmas ou laranjas”. Baseado em suas investigações ele está convencido que o comerciante criava empresas no nome de terceiros e colocava endereços falsos nos contratos sociais para impedir o rastreio das tais pessoas.
– Criada a empresa, ele saía fazendo compras, abrindo contas, pedindo empréstimos em banco e quando o negócio estourava, as dívidas eram atribuídas às laranjas, que eram moradores de Rio Bonito. Alguns não foram localizados, outros foram. Alguns acumulam débitos de R$ 1 milhão, outros de R$ 150 mil. Alguns realmente caíram num golpe (emprestaram o nome por boa fé); outros viram uma possibilidade de se dar bem, porque ele prometia vantagens (carros, motos, dinheiro, cartões de crédito com altos limites etc.). Já temos oito laranjas e temos notícias de muito mais – conta o delegado, prometendo indiciar e prender “aqueles que tiveram olho grande”.

“Vai muita gente presa”

O delegado diz que a rede de corrupção é grande e promete "prender todos os envolvidos" nos crimes periféricos ao assassinato do empresário Américo Branco.
Diante do volume de pessoas envolvidas nos crimes periféricos ao assassinato de Américo, o mandante passa a ser um arquivo vivo por ser detentor de informações preciosas para que a polícia consiga desvendar as fraudes. Questionado sobre os riscos que ele (Fabiano) pode correr por conta do que sabe, o delegado descarta essa possibilidade e diz que “o criminoso mais perigoso desse inquérito é o próprio Fabiano”. Ele disse também que os defensores do acusado, gente que está discordando da prisão de Fabiano, serão olhados com atenção pela polícia.
– Acho estranho que alguém defenda Fabiano. Posso pensar, inclusive, que esse alguém está envolvido nos crimes que ele cometeu. Quem está defendendo interesses tem... E cuidado, você pode estar defendendo um criminoso! Pode ser que nesse inquérito surjam surpresas para a sociedade de Rio Bonito ou não. Do mesmo jeito que todo mundo sabia que Fabiano era mandante do crime de Américo e ninguém falava nada, quando nós começarmos prender os quadrilheiros que com ele se amasiaram para a prática nociva do estelionato, as pessoas digam que já esperavam as tais prisões... Vai muita gente presa – disparou o delegado.

Durante a entrevista o delegado novamente apelou para que a população procure a Delegacia para prestar esclarecimentos sobre o acusado. “Cada dia aparece uma pessoa nova aqui contando mais um golpe que sofreu de Fabiano. As pessoas que cederam os nomes, mesmo dando endereço falso, nós estamos identificando. É um inquérito que vai ter muita gente ouvida. Algumas como testemunhas, outras como vítimas, algumas como envolvidas e alguns como criminosos”, concluiu.
 
Comunicado

A Pimentta Rosa, loja de propriedade da empresária Caroline Belgues, esposa do comerciante Fabiano Amorim, por meses seguidos foi anunciante desse jornal, sempre ocupando espaços de destaque em nossas páginas. Apesar das notícias de “calote” atribuídas ao comerciante, os compromissos assumidos com o jornal “O TEMPO”, referentes à veiculação de publicidade, nunca deixaram de ser honrados.

Aos “engraçadinhos” que ventilaram a possibilidade de que nós não noticiaríamos o assunto, exatamente por conta dessa parceria, vale lembrar que este veículo prima pela seriedade e compromisso ético com os seus leitores, coisa que dificilmente encontramos, principalmente entre os que fizeram os tais comentários, gente que nós sabemos onde encontrar.

Pág. 6 - O Observador

É tudo igual!

Tudo indica que o Projeto de Resolução, que, se aprovado, poderia estabelecer igualdade entre os vereadores de Rio Bonito vai por água abaixo. Se, parte dos vereadores é favorável, outra parte é contrária. Algumas desculpas e argumentações são descabidas, outras, porém, bem razoáveis. Analisando o caso percebe-se que forças ocultas estariam contribuindo para a não aprovação dessa mudança, que é inovadora e tornaria o Legislativo riobonitense, uma instituição a caminho da seriedade. Todavia, tem gente que é apegada ao antiquado, obscuro e ultrapassado!

Comportamento

Numa rede social, a leitora Fernanda Fonseca posta um dialogo no mínimo vergonhoso: Um cidadão riobonitense estava saindo do seu veículo que havia acabado de estacionar em cima da calçada, na descida da praça, quando um homem, que não é da cidade, se aproxima e pergunta: “amigo, os guardas municipais estão em greve? Eu não sou daqui e estou com medo de ser multado se deixar meu carro aqui, porque tem uma placa de PROIBIDO ESTACIONAR ali”. O ‘nativo’ responde: “greve nada cara, aqui é assim mesmo, é proibido, mas ninguém liga! Para aí!”. A conclusão da nossa leitora é perfeita: “Isso foi ridículo! Por isso que a cidade está um inferno... Depois querem cobrar dos políticos!”.

Comportamento II

Já passou o tempo de enterrarmos em definitivo a manjado e ardiloso hábito de classificar Rio Bonito como “uma cidade de gente ordeira e terra de um povo pacato”. Nada disso! Ouvindo determinados discursos, principalmente de políticos caras de pau (aqueles que lucram com essa afirmação), nós ficamos com a impressão que a nossa cidade é um convento de irmãs carmelitas ou um mosteiro da ordem franciscana. A verdade é que estamos bem distante disso!

Comportamento III

Assim como o alcoólatra precisa reconhecer que está doente para se tratar, a doença comportamental precisa ser reconhecida para se buscar o tratamento (os ‘maltoristas’ acham que a rua é uma extensão das suas casas). A falta de Educação e bom senso no Trânsito riobonitense, sobretudo em ruas como D. José Pereira Alves, Major Bezerra Cavalcante, Rua da Conceição, trechos da Av. Manuel Duarte, entre outros, mostram que estamos longe de sermos ordeiros e pacatos.

Comportamento IV

Apesar disso, nós brasileiros, sobretudo os moradores de municípios de menor porte (cidades que a Prefeitura Municipal é o principal empregador), adquirimos o hábito nocivo de viver choramingando e reclamando! Reivindicação e posicionamento diante dos debates do dia-a-dia, nada (“se eu falar alguma coisa eu vou me queimar”)! Mobilização e organização para mudar o cenário caótico, nada (participação desinteressada é uma raridade)!

Comportamento V

Vale lembrar que os problemas de Trânsito e ordenamento não podem ser pensados somente por um prefeito e 10 vereadores. A sociedade precisa participar, mas deixando de lado, o cinismo, a acomodação e o tradicional e peculiar “eu primeiro”. É covardia depositar a solução disso tudo na conta das autoridades. Contudo, como a transferência de responsabilidade está entranhada na essência do brasileiro, nós vamos precisar falar sobre isso por mais uns 30 anos. Ou seja, esse comportamento só será posto em prática quando as gerações futuras alcançarem a maturidade, porque a atual já se perdeu.

Luta com CCR ViaLagos

Enquanto os moradores das comunidades lindeiras a RJ – 124 não se organizarem para reivindicar as melhorias pleiteadas, o cenário de acidentes, mortes e descaso permanecerá. Reclamar não é bom. Não dá resultados. Reivindicação e mobilização, porém, são coisas diferentes e dão resultados imediatos, em médio e longo prazo. Quem se habilita? A própria concessionária espera isso e deve ficar surpresa ao perceber que 16 anos se passaram (ela chegou em 1996) e ela ainda não encontrou um adversário que a desafie, “porque ela é muito poderosa”! E viva a Justiça brasileira!

Lutas e mobilizações I

Ao abordar a necessidade de lutar, se mobilizar e reivindicar, além da questão da ViaLagos, outras questões deveriam ser pensadas e discutidas. Por exemplo: a absurda concessão da água de Rio Bonito para o Estado; o ridículo trânsito de Rio Bonito; a flagrante insegurança em todo território riobonitense, com destaque para o interior; o aumento desenfreado do consumo de drogas lícitas e ilícitas, que aumenta principalmente no interior; a falta de políticas públicas educacionais, culturais e esportivas; e a ausência de programas de conscientização, sobretudo para a Saúde, onde se prioriza o “remediar” e não a “prevenção”.

Lutas e mobilizações II

O problema é que em toda e qualquer mobilização existe a presença nociva de oportunistas e/ou politiqueiros. Estamos falando de gente que premeditadamente ingressa nos referidos movimentos almejando única e exclusivamente se corromper. Ou seja, amealhar vantagens ou boquinhas. Diante disso, quem participa por razões ideológicas acaba desanimando, se afasta e os problemas continuam.

Festas e eventos

O volume de reclamações sobre as festas e eventos realizadas em Rio Bonito é grande. Segundo os reclamantes “nesses espaços a droga rola solta”. A culpa é atribuída a Justiça, a Prefeitura, aos vereadores, ao Ministério Público, ao Comissariado de Menores, ao Conselho Tutelar, aos que promovem os eventos, aos clubes que cedem seus espaços etc. Concordamos que esses setores têm sim alguma responsabilidade. Contudo, por que a instituição família não entra nesse pacote? Por que papai e mamãe não são chamados a responsabilidade diante de tanta criança e adolescente se drogando?

Festas e eventos

No dia 27 de agosto de 2010, em entrevista ao jornal “O TEMPO”, Marcelo Chaves Espíndola, então juiz de Rio Bonito, disse que para autorizar esses eventos, a Justiça analisa a segurança do local. “Autorizado o evento, o pai é quem define se o filho vai à festa. Ele pode entender que, apesar de seguro, aquele não é um ambiente apropriado para o seu filho”. O Magistrado disse ainda, os pais não estão sabendo impor limites aos filhos. “Os pais precisam saber que é preciso dizer “NÃO”. Isso faz parte do processo educacional da criança. Ela (a criança) não compreenderá, mas quando a maturidade chegar entenderá. Os pais, porém, estão transferindo a tarefa, que é deles, para terceiros”.

Anderson Tinoco

Analisando o secretariado que vai assumir o comando do município no próximo dia 1º de janeiro, diga-se de passagem, excelentes nomes; a impressão que temos é que o vice-prefeito Anderson Tinoco não indicou ninguém. Estaria o nosso Andinho, desprestigiado? Que isso não seja verdade, porque o jovem vice-prefeito, que chega sem ranço político, tem muito a contribuir com o novo governo e com o município de Rio Bonito.

Caso Américo

A investigação do delegado e as possibilidades que ele anuncia não trazem nenhuma novidade. Embora a sociedade riobonitense seja dominada pelo “puritanismo”, é tudo da boca para fora. A prisão de 30, 40, 50 pessoas por estarem envolvidas nos crimes periféricos ao assassinato de Américo não irá nos impressionar. Também não ficaremos assustados se as investigações não derem em nada. O motivo é simples: ao explanar nomes, os tais “puritanos” serão expostos. Estamos falando da prática de ilícitos classificados como “inocentes ou toleráveis”, geralmente porque o sujeito é amigo ou amigo de alguém.

Dias atrás...

... Por conta da publicação de determinado comentário nessa coluna, alguém questionou: “não te preocupa expor as pessoas desse jeito? Não te incomoda saber que a pessoa, embora tenha cometido um ato condenável, tem uma família que sofre?”. A resposta veio com outra pergunta: “não deveria esse sujeito, antes de dar o passo errado, pensar na família e/ou perceber que a exposição negativa resultaria em tal vexame?”.

Pág. 7 - Terceira edição do Cine Riba é sucesso e aponta necessidade de investimentos no setor cultural da cidade

Texto: Flávio Azevedo
Fotos: Internet/Facebook

Lucas Madureira (E) e Daniel Alvarenga são os grandes vencedores do Cine Riba 2012.
A terceira edição do Cine Riba, evento que já se tornou tradicional em Rio Bonito, aconteceu na Sociedade Musical e Dramática Riobonitense (SMDRB) entre os dias 8 e 10 de novembro. Dos 33 filmes que foram inscritos para disputar o “Troféu Mariola”, três se destacaram: “O Monstro” (com sete prêmios), “A Dívida”, de Daniel Alvarenga (Prêmio de Melhor Montagem e Melhor Ator); e “Para Sempre Mãe”, de Lucas Madureira (Prêmio de Melhor Documentário e Prêmio Especial do Júri).
– Nós ficamos felizes de podermos divulgar a Cultura local, que é a proposta do Ponto de Cultura. Ou seja, nós estamos conseguindo alcançar o nosso objetivo que é colaborar com o desenvolvimento de atividades audiovisuais e também desenvolver atividades que resgatem a Sociedade Musical e Dramática Riobonitense, uma instituição centenária – destacou a vice-presidente SMDRB, Renata mansour.

Outro destaque da vice-presidente foi o público do festival, formado basicamente por estudantes (cerca de 500). “Foram apresentados nesses três dias, filmes que esses jovens e adolescentes não estão acostumados a assistir nem TV, nem no cinema. Contamos com produções específicas, premiadas, bastante recomendadas e não chatas”, disse Renata, que também responde pelo Ponto de Cultura de Rio Bonito.

Na quinta-feira aconteceram quatro sessões escolares e a primeira mostra competitiva. Também foram apresentados os filmes vencedores dos anos anteriores e aqueles que estavam concorrendo. Roteiro semelhante aconteceu na sexta-feira. “No sábado foi apresentado um panorama de coisas que está acontecendo em Rio Bonito e nós conseguimos reunir um grupo de cineastas que apresentaram esse panorama. Em seguida, nós passamos para os filmes indicados pelo júri”, contou Renata.

Atenção para o setor

A vice-presidente da Sociedade Musical e Dramática Riobonitense, Renata Mansour.
Sobre os estímulos necessários para que os jovens participem com mais força dos próximos festivais, Renata afirma ser uma batalha difícil trazer as pessoas para os eventos culturais e lembra que poucos projetos em Rio Bonito conseguem público e visibilidade, “porque, sobretudo em cidades de menor porte, durante muito tempo esse setor ficou abandonado”.
– Ficamos satisfeitos de poder trazer alunos e professores para o nosso meio. Para gostar de Cultura as pessoas precisam ser apresentadas a eventos culturais. A cidade conta com eventos teatrais, musicais, mas ainda é pouco. Acredito que falta união. As pessoas precisam se reunir, discutir, traçar metas e pensar políticas públicas para o setor. Também acho que falta estratégia, mas vejo um movimento efervescente na cidade e pessoas que estão pensando e refletindo sobre isso – analisa Renata, reiterando que o primeiro desafio é a formação de platéia.

Para fortalecer o setor, a Sociedade Musical e Dramática Riobonitense oferece oficinas de Audiovisual, Produção, Fotografia, Teatro. “Já estamos encerrando o ano, mas estaremos de volta no próximo ano, a partir de março. Entretanto, tudo isso ainda é muito pouco”, ponderou Renata, que insiste na necessidade da união entre artistas, produtores de arte e poder público para o fortalecimento do setor.
– O poder público precisa se preocupar, estimular, divulgar e fortalecer essa área. Por outro lado, quem transita no setor precisa discutir metas. Para formação do cidadão, a escola só não basta. É preciso incentivar a reflexão. Não podemos ter só balada, porque precisamos refletir, pensar e observar – frisou Renata.

Expectativas

Vencedores do Cine Riba (no alto, à esquerda) e organizadores do evento.
Sobre o novo governo, a vice-diretora da Sociedade Musical e Dramática Riobonitense volta a falar de união, da implantação de instrumentos como a Fundação Municipal de Cultura e da criação do Conselho Municipal de Cultura.
– A nossa entidade (SMDRB) estava sem direcionamento, objetivo e estamos tentando restabelecê-la física e simbolicamente. Acredito que a necessidade de se unir os envolvidos na Cultura deve ser o norte do próximo governo, de quem nós esperamos mais carinho, porque temos uma série de questões burocráticas que estão emperrando o nosso desenvolvimento – revelou Renata, lembrando que instrumentos como Fundação e Conselho Municipal de Cultura são exigências dos governos, estadual e federal, para se obter recursos.

Questionada sobre o que pensar diante da criação de uma Secretaria Municipal de Cultura, iniciativa muito cobrada, sobretudo por aqueles que transitam no setor, Renata comenta que isso é uma necessidade quase óbvia. “Agora nós teremos uma porta para bater. Além disso, a Cultura saindo da Secretaria de Educação significa que nós teremos o olhar do secretário direcionado unicamente para a Cultura”, pondera Renata, afirmando que o próximo secretário precisa ter um olhar generoso, agregador, deve reconhecer a natural competição do setor e mostrar sempre que ninguém faz nada sozinho.

A direção da Sociedade Musical e Dramática Riobonitense é composta por Cristina Melo (Presidência), Renata Mansour (Vice), Bruna Barbosa (Secretaria), João Gabriel Balbi (Tesouraria), Paulo Balardi (Patrimônio), Flávio Rodrigues (Assessoria de Imprensa) e Rafael Lopes (Coordenação de Tecnologia). A entidade também possui um Conselho que é formado por Mauro Prevot, Maríssimo Martins e Flávio Migliaccio.

Pág. 9 - Bethânia Prevot Moda Fashion é a nova opção de moda em Rio Bonito

Flávio Azevedo

A empresária Bethânia Prevot preparou um espaço de muito bom gosto no Centro de Rio Bonito.
Consumidores de bom gosto contam, desde o último dia 12 de novembro, com uma nova opção de moda em Rio Bonito. A Bethânia Prevot Moda Fashion chegou focando novas tendências para vestimenta e acessórios. Localizada na Rua da Conceição, nº 37, Loja 04, no Centro, o novo espaço conta com estoque moderno, atualíssimo e exclusivo. O público, masculino e infantil (feminino), não foi esquecido. O novo espaço oferece opções excelentes sempre com preço e condições de pagamento especiais.

Espaço climatizado, aconchegante e confortável são algumas das marcas da Bethânia Prevot Moda Fashion.
Com vitrines charmosas, espaço aconchegante, climatizado e confortável, a Bethânia Prevot Moda Fashion pretende ser o principal espaço de moda da cidade, antecipar tendências, oferecer exclusividade e ter como diferencial, além do bom atendimento, a moda “Plus Size” (tamanhos grandes/44 a 56).
– O nosso objetivo é tornar o hábito de compra uma experiência deliciosa para clientes de todos os estilos e idades. Estamos aqui para auxiliar na escolha da roupa de festa, a roupa da noite e até aquele simples acessório. Queremos fazer a diferença. Antes de fazer uma compra consulte a Bethânia Prevot Moda Fashion – afirmou a proprietária do novo espaço.
A Bethânia Prevot Moda Fashion espera você com excelentes opções de compras para o Natal. Aberta de segunda a sexta de 9h às 19h30min. Telefone: (21) 2734 - 4101.

Pág. 10 - O Eneagrama

Dr. João Jorge Nogueira
 
Meus queridos leitores, hoje vamos falar com vocês de um instrumento de autoconhecimento e auto evolução chamado Eneagrama.

Esse instrumento vem das tradições sufis e dos padres do deserto há muitos séculos atrás. Quem trouxe para o ocidente foi o russo Gürdjef e entre nós, latino americanos, Ichazo e Cláudio Naranjo. Formaram-se várias escolas e hoje temos uma Associação Internacional de Eneagrama da qual o Brasil faz parte como afiliada, a IEA Brasil. Acabamos de chegar do VI Congresso Brasileiro de Eneagrama realizado em Curitiba.

Como o nome diz: ene=nove, o eneagrama se baseia no pressuposto que os seres humanos são divididos em nove tipos de personalidade. Todos têm um pouco de cada uma, mas somos mais fixados em uma dependendo de nossa educação. A nossa essência é pura, divina, mas nos perdemos no mundo e adotamos uma defesa para sobrevivência. A essa defesa nós chamamos de personalidade, que vem de Persona, máscara. Carregamos essa personalidade pela vida a fora, mas o nosso anseio é voltar à nossa essência. Todos temos sede de infinito e o eneagrama é um dos caminhos para voltarmos a essa essência.

O ser humano às vezes é assaltado com perguntas como: - De onde venho e para onde vou? -Qual é raiz de mim? -Qual é a essência que está por trás do meu Tipo de Personalidade?- Qual é o Segredo da minha realização como pessoa? -Qual é o Sentido da minha vida? O sentido da vida é nossa espiritualidade. Espiritualidade é aquilo que provoca transformações interiores significativas nossa vida. O Eneagrama faz esse caminho de nos colocar no caminho da realização, do sentido da vida.

Você está convidado a fazer este caminho. Leia a propaganda neste jornal.

Até à próxima...

João Jorge Cabral Nogueira é  Médico,  Professor e Escritor. Psicoterapeuta, Diretor do Instituto AmanheSer, Analista e Sintetista Transacional, membro do Colégio Internacional dos Terapeutas, Professor dos Cursos de Pós-graduação em Hipnose Clínica na Uni-IBMR/SOHIMERJ e SPEI/IBH e autor dos livros Autoscopia e Criança de Luz.
            Perguntas, sugestões ou críticas para o autor através do e-mail: joaojorgecabral@yahoo.com.br Conheça nosso instituto onde ocorrem nossos cursos: www.institutoamanheser.com.br

Pág. 10 - Implantes Cone-Morse

*Zalu Bruno Marot

Existe hoje em dia, vários tipos de implantes no mercado e milhares de conecções protéticas. Os estudos mostram e acompanham a perda óssea ao redor dos implantes e, com o tempo, esta acontece de forma acelerada. Fatores sistêmicos e externos exercem grande influência na saúde dos tecidos, principalmente osso ao redor dos implantes. Entra aí o desenho do implante e suas conecções influenciando nessa perda óssea.

Os implantes Cone-Morse apresentam uma característica única: menos perda óssea ao redor. Isso ocorre porque sua forma e seu encaixe protético é diferenciado, visando assim uma melhor estética na hora da colocação da prótese. Na hora em que faço um exame para colocação de implante, analiso qual implante e conecção protética.

*Zalu Bruno Marot é dentista.

Pág. 11 - Programa Flávio Azevedo recebe jornalista Edson Soares

Flávio Azevedo

O jornalista Edson Soares em entrevista ao Programa Flávio Azevedo.
Um dos profissionais mais completos da área de Comunicação Social de Rio Bonito, o jornalista Edson Soares foi o convidado do Programa Flávio Azevedo, da Rádio Sambê FM (98,7), do último dia 1º de novembro. Colunista do jornal Folha da Terra, editor do Blog Cultura Viva e idealizador Projeto TV Sinai, Edson também é técnico em contabilidade e atua no setor há 17 anos. “Vou conciliando as minhas funções e ocupações. Gosto muito desse desafio de ter que me desdobrar para dar conta de tudo isso”.
– Em 2001, quando eu decidi ingressar na faculdade fiquei sem saber. Apostei na Comunicação Social, a escolha foi meio que uma batalha, mas já no primeiro período da faculdade eu vi que era aquilo que eu queria – contou Edson, que é formado pela Universidade Estácio de Sá (2005).

Durante a entrevista, o jornalista lembrou o problema de saúde que enfrentou em 2002, quando uma hipertensão trouxe transtornos semelhantes a um aneurisma cerebral. Ele entrou em coma durante o sono, ficou nesse estado por cinco dias; nos oito dias seguintes ficou internado, na sequência foram dois meses de repouso absoluto, “enfim, o aumento da pressão arterial estourou dois vasos de sangue na minha cabeça, eu perdi a vista direita, coordenação motora e os médicos chegaram dizer que eu não sobreviveria e se sobrevivesse voltaria a ser criança”.
– As correntes de oração, os pensamentos positivos de gente que eu nem conheço e a mão de Deus foram fatores determinantes para minha recuperação. Criança eu sempre fui e vou continuar sendo. Mas eu acredito que foi um grande milagre, voltei para a faculdade e estou aí batalhando e tocando os meus projetos – comentou.

Carreira

Membro da Igreja Assembleia de Deus de Rio Bonito, Edson, desde a adolescência curte trabalhar com crianças, organizar grupos para cantar e assim ele ingressou não só na área de Comunicação Social, como também no mundo artístico. Liderando o projeto TV Sinai, ele que já percorreu vários lugares do Rio de Janeiro e estados como Minas Gerais.
– Eu me considero artista desde pequeno, quando morava na Serra do Sambê. Eu reunia as crianças, cantávamos e montávamos clipes musicais. Eu sempre fui um garoto sonhador e nem imaginava um dia conquistar tantas coisas. Eu assistia muito a “Turma do Balão Mágico” e a “Mara Maravilha”. Costumo dizer que eles foram parte da minha formação artística e até mesmo da Comunicação – afirma o jornalista, destacando a sua formação em Contabilidade (1994), no então Centro Educacional de Ensino Navega Creton (Colégio Municipal Dr. Astério Alves de Mendonça).

Durante a entrevista, o jornalista comentou que o Projeto TV Sinai não está parado, mas como estimula muito a sua mente, ele precisa trabalhar de vagar por conta da sua Saúde. “O projeto quase se tornou um programa da TVE e fizemos uma apresentação num teatro do Rio de Janeiro com a casa lotada”. O jornalista também comentou o nascimento do jornal Cultura Viva e explicou que a proposta era atender uma região macro. “Nós distribuíamos o jornal, que era mensal, do Rio de Janeiro até a Região dos Lagos e isso acabou não sendo compreendido pelos leitores de Rio Bonito. O jornal impresso parou de circular, mas na internet continua com publicações voltadas ao setor cultural e conta com muitos seguidores. O conteúdo pode ser acessado pelos leitores no endereço http://jornalculturaviva.blogspot.com.br/.

Secretaria de Cultura

Sobre a criação da Secretaria Municipal de Cultura, compromisso de campanha da prefeita eleita Solange Almeida (PMDB), que já confirmou a concretização dessa promessa, Edson disse que não é muito ligado a política e gostou da renovação dos poderes, sobretudo a que aconteceu no Legislativo.
– Uma Secretaria de Cultura é um instrumento importante, mas essa Secretaria terá verba para desenvolver os seus projetos? Outra dica que eu deixo é que os eventos promovidos pela Secretaria, que não fossem poucos, e que sejam grandes. São projetos que dever atrair pessoas de toda região e que um calendário também seja criado para organizar o setor – comentou o jornalista, acrescentando que todos os setores da área cultural (músicos, escritores, artesãos, produtores, compositores, poetas, atores, entre outros) devem ser abraçados e estimulados pela nova pasta.

Pág. 12 - Grupo CCR ViaLagos é criticado por representantes de comunidades lindeiras a RJ – 124 no CCS de novembro

Flávio Azevedo

O presidente do CCS, Bruno Soares mostra para os presentes os ofícios enviados a ViaLagos.
Desrespeito, desinteresse, falta de respostas, abuso do poder econômico, essas são apenas algumas acusações dos representantes das comunidades lindeiras à RJ – 124 (ViaLagos). As queixas foram apresentadas na tarde dessa segunda-feira (05/11), durante a reunião do Conselho Comunitário de Segurança (CCS). O evento aconteceu na Câmara de Vereadores e contou com a presença de cerca de 100 pessoas. Boa parte dos presentes eram moradores de localidades como Viçosa, Três Coqueiros, Rio Seco, Catimbau, Mata e bairros adjacentes. Empresários do setor imobiliário também estiveram no local. Os representantes da concessionária eram esperados, mas não compareceram.

O presidente do CCS, o empresário Bruno Soares, ressaltou os vários contatos feitos com a concessionária que administra a rodovia, “mas não obtivemos resposta”. Segundo o presidente, o primeiro contato até foi respondido, mas a reunião foi transferida do CCS para o gabinete do prefeito e aconteceu no dia 25 de abril.
– O que mais incomoda é que durante o encontro, eles nos passam a impressão de que estamos negociando com o dono da quitanda, porque eles não têm dinheiro para nada. Só acenam com a possibilidade de fazer aquilo que é interessante para eles, mas nós iremos nos mobilizar e eles terão a resposta da população – disparou Soares.

O advogado Joaquim Maurício reclama do desinteresse da concessionária para com as comunidades lindeiras.
Um dos líderes comunitários, o advogado Joaquim Maurício, morador da Viçosa, disse que as reuniões entre moradores das localidades lindeiras e ViaLagos acontecem há muito tempo e os resultados são os mesmos. “Nunca dá em nada, porque eles sempre nos enrolam”. Já o morador do Boqueirão, Roberto Fernandes, tratou como “desrespeito”, o que acontece na localidade e fez algumas reflexões comprometedoras.
– Há alguns anos, nós estávamos fazendo planos de realizar uma manifestação. Fecharíamos a rodovia como protesto pelo desinteresse da concessionária aos nossos pedidos, mas a Justiça ficou a favor da ViaLagos. Caso levássemos a manifestação adiante, nós pagaríamos uma multa diária de R$ 10 mil. Nós ficamos receosos e não fizemos o movimento. A ViaLagos é uma empresa muito poderosa, tem um poderio financeiro muito grande, na época, viemos à Câmara de Vereadores, os representantes da concessionária também, houve uma reunião de portas fechadas e os parlamentares ficaram lados – denunciou Fernandes.

Edon Quintanilha (com microfone) fala da dificuldades de atravessar as pistas da RJ - 124.
O presidente do Sindicato Rural de Rio Bonito, Edon Quintanilha, comentou que o pleito dos moradores dessas localidades, “que passam diariamente pelo local com carros carregados de produtos da lavoura em direção a Rio Bonito e ao CEASA”, é que seja construída uma ponte seca na saída de Três Coqueiros e Viçosa, o que para ele “é uma solução viável, mais barata e atenderia a todos os interessados”. O sindicalista disse também que “o número de vidas perdidas na rodovia, por causa do desinteresse da concessionária, é grande e a situação está insustentável”.

A prefeita eleita, Solange Almeida disse que conhece bem os procedimentos da concessionárias.
Presente a reunião, a prefeita eleita Solange Almeida (PMDB) disse que conhece bem o que é enfrentar a ViaLagos, comentou que teve vários embates com a concessionária durante os seus dois mandatos (1997 à 2004), lembrou o movimento que liderou pela conclusão das obras do viaduto da Praça Cruzeiro e reconheceu a dificuldade de se convencer os executivos dessas concessionárias a atender o pleito de quem mora nas localidades lindeiras.
– No viaduto da Praça Cruzeiro, eu cheguei a ser presa, mas nós conseguimos. Já na ViaLagos, as brigas foram intensas e as multas realmente nos amedrontavam. Era um jogo de gato e rato. Eles interrompiam a estrada que ligava Jacundá a Mineiros, mas nós abríamos o acesso. Num fim de semana, eles abriram uma cratera na entrada de Mineiros. Ali tem linha de ônibus, as pessoas precisavam passar e ao chegarmos lá para resolver a questão o volume de policiais era enorme – narrou Solange, destacando que na próxima quinta-feira (08/11) vai estar reunida com o governador Sérgio Cabral e com o presidente da Alerj, Paulo Melo, que tomarão ciência dessa questão, “porque é preciso dar segurança ao usuário da rodovia, mas atendendo as necessidades da população”.
De acordo com a prefeita eleita, um encontro com a agência reguladora (Getrans) seria a solução mais interessante diante do impasse. “As concessionárias tem que atender uma série de exigências que estão em seus contratos e tudo aquilo que não estiver contratado não será realizado. A única forma de resolver essa questão é através de uma agência reguladora. Precisamos viabilizar esses encontros e, sinceramente, eu não vejo dificuldade para resolver essa questão”, pondera.


A matéria do dia 25 de abril dos conselheiros do CCS, com representantes da CCR ViaLagos e o prefeito José Luiz Antunes: